sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Reflexões sobre a Política de Quadros


Quando o PC do B se encontrava na ilegalidade, o confronto com as forças conservadoras de direita, que compactuavam com a entrega de nosso país ao império estadunidense, era mais visível. A radicalidade impunha-se: ou se era contra ou se era a favor; o conflito estava instaurado.

Ao conquistar-se a legalidade, com um preço muito alto para aqueles patriotas que haviam lutado pela conquista do socialismo, os inimigos do período negro de nossa história sentiram a necessidade camuflar-se para manter vivo o chamado entreguismo.

As novas regras de convivência social foram ditadas pelos conservadores; comunistas e progressistas, por necessidade, agrupavam-se em agremiações nem sempre muito claras ideologicamente.

Todavia, o PC do B manteve acesa a bandeira do socialismo, buscando formar massas partidárias no seio do povo, única garantia de sobrevivência dos ideais marxistas. Abrir o partido, formar lideranças, objetivando a construção do socialismo no brasil e no mundo, enfrentando um poder de comunicação midiática, nunca dantes visto.

Através de sua programação, os meios de comunicação formam as mentes de nosso povo com idéias reacionárias, a serviço do capital rentista.

Amplitude na abertura partidária, radicalidade na defesa estratégica para não perder o rumo da política partidária: eis o grande desafio que nos está proposto.

Tal como esta em nossas teses congressuais, formar lideranças, quadros partidários, num momento de recuo partidário, num momento de recuo do movimento popular, não é tarefa fácil.

Redefinir o conceito de quadro, estabelecer os limites das concessões táticas, eis o que nos espera. A meu ver, a busca de quadros lideranças nas comunidades é a chave para a abertura destes novos tempos de ação partidária. Reconhecer nas lideranças do PC do B, e traze-los para a militância na construção do socialismo, demandará muito esforço de todos os militantes e quadros atuais do partido, num grande esforço de atualização ideológica para ter ouvidos de ouvir e olhos de ver.

Vamos a luta, camaradas! Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

Heloisa da Silva Vieira

Presidente do Distrital Méier

e membro do

Comitê Municipal - RJ

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