quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CONVERSA ENTRE BRUNO, FRAGUITO E HELOÍSA SOBRE A HISTÓRIA DA BANCA DO MÉIER



- história da Banquinha do Méier:

O shopping do Méier foi o primeiro da América Latina . E toda a população da Z.N. vinha para praça Agripino Frieco, fazendo passagem pela Dias da Cruz.

Logicamente a calçada passa a ser um ponto estratégico político para as campanhas eleitorais, onde se reunirão o PMDB, PT, PDT, PSB, PcdoB. Todas as correntes e partidos transformando-a num ponto de luta política.

Sendo que, naquela época, o funcionamento do shopping era de domingo a domingo.

A VITÓRIA DO BAIRRO DO MÉIER REPRESENTAVA A VITÓRIA NO MUNICÍPIO E NO ESTADO.

- Como começa a Caçada da Resistência?

O Partido resolve, em 1996, lançar a Jandira como prefeita. Nisso vem arrigementar quadros de outras forças políticas. Toma corpo, então, a organização do partido que chega a ter sede nesse momento. Há então, do conjunto do distrital, a decisão de colocar a banca no sábado de manhã. De lá pra cá há uma vazão de materiais e crescimento político na distrital.

A distribuição de materiais não se restringia à distribuição do jornal “A Classe Operária”, mas também de boletins de prestação de contas de nossos mandatos parlamentares.

- Por que Calçada da Resistência?

Por decisão dessa mesma gestão da direção distrital foi feito um convite a todas as forças políticas do campo de esquerda, mas que no seu conjunto só participaram efetivamente o PCdoB, o PT, o PHS e o PDT, que não chegaram a permanecer um ano. Então a Calçada da Resistência do PcdoB até os dias de hoje.

- O que foi feito para aglutinar essas forças mais a frente?

Foi tirado março, aniversário do Partido como mês de comemoração da Calçada, como forma de aglutinar as outras forças políticas após isso.

- Quais foram os personagens de destaque no campo político do município que chegaram a participar?

Jandira Feghali, Edmilson, Gusmão, Paulo Ramos (Paulo Ramos), Mario Del Rey (ainda militando neste período no PSB), Jorge Bittar (PT), Chico Alencar (na época ainda no PT), Ana Rocha (Presidenta do Partido).

- A Calçada teve também outras formas de comunicação?

Caixa de som, megafone, discursos políticos falando desde militantes como a atual presidente do distrital (Heloísa da Silva Vieira) que, no período falava como membro da categoria do magistério (na época diretora da Zonal do Sindicato dos Professores).

- Fraguito, João Carlos, eram nesse período, diretores da Associação de Moradores do Méier.

- Que frutos parecem, hoje, na distribuição da “Classe”?

Hoje temos nos moradores do bairro, e na região do Grande Méier, um interesse muito grande pelo jornal, que passou a ser um veículo de formação de opinião.

O uso do som foi abandonado por conta do incomodo que causava no comércio, mas na opinião do Fraguito, por exemplo, o uso do som, uma vez por mês, nos propiciaria novamente outro patamar na ação da Secretaria de Comunicação do Partido.

O Distrital Vila Isabel, a exemplo da banca do Méier também fez sua calçada da resistência que resultou numa das maiores votações no partido tanto para deputado estadual Edmilson Valentim, como para Jandira, que fez uma expressiva votação no Méier e em Vila Isabel.

- As lutas na Calçada

Os abaixo-assinados das campanhas contra a ALCA, pelo desarmamento, contra a Base de Alcântara, bem como contra as privatizações do FHC, marcaram nossas atividades na “Banquinha” como é carinhosamente chamada.

Comemoração de 21 Anos da União Brasileira de Mulheres e de 22 da Revista Presença da Mulher

Dia de sol dia de alegria, ato político com a presença de Jandira Feghali, Jô mores 1° presidente da UBM, Helena Piragibe presidente da UBM, secretária estadual de mulheres, Ana Rocha Presidente Estadual do PC do B do conselho editorial da Presença da Mulher, dentre outras figuras femininas de destaque...

Há na Festa um momento de grande emoção, a homenagem as mulheres que se destacaram nas lutas de suas comunidades.Esse momento é especial para o Distrital Méier foi a homenagem a Dona Maria, liderança da ocupação de Vila Maria em Higienópolis.

Lembranças saudosas de seu Manoel de Vila Maria que, junto com dona Maria, abriu espaço para construção de uma comunidade, com uma das melhores qualidade de vida do Bairro.

Outro momento gratificante para o distrital Méier, foi a apresentação da Escola de Samba da Infante da Lins Imperial, Sob a direção da Camarada Vitória membro do atual pleno da direção, MARAVILHOSA apresentação.

A capoeira, hoje em destaque com o poético filme "Besouro", apresentou-se de maneira impecável,sob direção do camarada Robertinho da Direção do Distrital.

O Brilhante encerramento com números musicais variados, mostrou a força da luta das mulheres no Rio de Janeiro e em todo Brasil

Parabéns UBM! Estamos orgulhosos de você!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Homenagem a Dona Maria de Vila Maria



D. Penha Maria dos Santos Braga, ou D. Maria, como é conhecida, nasceu em 1938, na cidade de Alegre, no Espírito Santo. Nunca freqüentou escola. Trabalhou como empregada doméstica em sua juventude, até casar-se. Em 1962, mudou-se para a favela do Jacarezinho, com a sua família. Um ano depois, foi morar em uma vila de barracos próxima, no bairro Higienópolis. Em 1975, a Secretaria Estadual de Segurança Pública, sob a alegação de que precisaria do terreno onde localizava-se a favelinha para construir um albergue para ex-presidiários, removeu as oito famílias que moravam naquele terreno para um conjunto habitacional em Senador Camará, bairro da Zona Oeste. D. Maria não foi com as outras. Alugou uma casa no bairro. Ela trabalhava como cozinheira em um bar perto do terreno onde tivera a sua casa. Freqüentemente, passava por lá. A Secretaria não fizera mais nada no local, a não ser um portão que, fechado a cadeado, impedia a entrada de pessoas naquela área. Lá dentro, o matagal tomara conta do terreno.

D. Maria não se conformava com a perda da sua casa. Em seu íntimo, martelava uma idéia que tornou-se quase uma obsessão para ela: tinha de voltar. Só que os tempos eram violentos e ela não atinava com o que fazer para recuperar o lugar onde morara. Em 1975, a ditadura atingira o seu ápice. Mas, três anos depois, começou a emitir sinais de enfraquecimento. Em 1979, Brizola decidiu-se a voltar para o Brasil. Os partidários daquele chefe político iniciaram os preparativos para o seu retorno. Levada pelo Sr. Manoel, um vizinho, D. Maria filiou-se ao partido em formação e ali conheceu vários políticos e intelectuais do campo da esquerda. Conversando com uns e outros sobre o seu desejo de retornar ao local de onde fora despejada pelo Governo, foi incentivada por eles a ir em frente. Entusiasmada, tratou de convencer o Sr. Manoel, que ainda estava receoso de entrar nesta empreitada, pois sofrera perseguição política em 1964. Passou-se mais dois anos. No início de 1981, os dois entraram em acordo e juntos, passaram a visitar os moradores que foram removidos em 1975, convidando-os a voltarem de novo a ocupar o terreno, que estava abandonado, cheio de mato. E já tinham um plano desenhado. Entrariam no dia 28 de fevereiro daquele ano, na madrugada de sábado de carnaval, aproveitando o feriado para construírem os barracos e caírem dentro deles com as crianças. Como reforço, contavam ainda, assim que a notícia corresse, com a afluência de centenas moradores das comunidades próximas. Assim, em vez de um terreno mal ocupado com oito famílias, haveria muitas dezenas de famílias ocupando cada palmo do terreno. Deste modo, seria mais difícil para o Estado empurra-los para fora. Foi assim.

Na madrugada do dia 28, às cinco horas da manhã, conforme o combinado, a ocupação foi iniciada. Os policiais chegaram logo, chamados pelos vizinhos do bairro, apavorados com aquele movimento de gente maltrapilha no terreno baldio, pressentindo já o surgimento de uma nova favela bem ao lado de suas casas, a desvalorizar-lhes os imóveis. D. Maria, coerente com a sua iniciativa, chamou para si a responsabilidade de representar os posseiros, tanto diante dos policiais irritados com aquela novidade maldita para eles a apurrinha-los no carnaval como diante daqueles que chegavam em busca de chão, às vezes reagindo agressivamente ao fato de não encontrarem mais lugar. Dá para imaginar a pressão a que se tinha de resistir para manter as ruas largas ao longo de todos os trajetos e praças amplas o suficiente para manobra de carros. A atuação de D. Maria foi fundamental para a consolidação desse traçado. Com a sua autoridade de senhora, emanada do seu pioneirismo, determinação e coragem, submetia à obediência os recalcitrantes mais teimosos. Naqueles dias iniciais, turbulentos, D. Maria cresceu, legendou-se e tornou-se um ícone, uma ferramenta para unificar os interesses diversos, particulares, quase sempre conflitantes, existentes na comunidade. E em homenagem a sua luta, os posseiros deram à ocupação o seu nome: Vila Maria.

A Vila Maria foi fundada em 28 de fevereiro de 1981. Em uma área de 13.000m² acomodam-se 280 casas, oito comércios e cerca de 900 moradores. A Vila Maria é plana e totalmente urbanizada. Situa-se no interior de um grande quarteirão, com entrada e saída por um só corredor, que desemboca na Av. D. Hélder Câmara, 2326, Higienópolis. Tem um feitio alongado, de vila. Dista cerca de quatrocentos metros da comunidade do Jacarezinho. Possui uma rede regular de água e esgoto construída por mutirão, em 1981. É eletrificada desde 1982 pela Light e a sua iluminação pública é feita pela Rio Luz. A coleta de lixo é feita pela COMLURB nos domicílios todos os dias, inclusive domingos e feriados. As cartas são entregadas pelos correios diretamente aos moradores. Em 1985, a Vila Maria foi contemplada pelo programa Cada Família Um Lote e todos os posseiros receberam títulos de posse. Em 1988, a Vila Maria foi totalmente asfaltada. Ela é representada politicamente pela Associação de Moradores, fundada no terceiro dia da ocupação. D. Maria participou dos três primeiros mandatos. De 1981 a 1986 foi vice-presidente da Associação. De 1987 a 1989, foi presidente da mesma. Em 1991, o IBGE classificou a Vila Maria entre as dez favelas com melhor qualidade de vida.

Dona Maria deu exemplo. Naquela época, havia uma grande fermentação da miséria nacional, agravada pela ditadura que já não conseguia manter o controle da situação. O seu mérito foi ter aproveitado o momento que já se mostrava propício quando ainda muitos não o enxergavam. Mostrou que a adversidade pode ser superada pela luta. Homenagear a D. Maria é reconhecer a boa cepa da mulher negra e favelada. É quebrar o discurso ideológico de que a mulher e o negro são indolentes e incapazes de cuidarem de si mesmos. Nos momentos mais difíceis, as mulheres e os negros sempre deram provas de força e capacidade. D. Maria ainda mora na comunidade que ajudou a fundar e construir. Ainda brinda a todos com a sua sabedoria adquirida na escola da vida. E ainda surpreende.

29.10.2009. Paulo. Assoc. de Moradores. da Comunidade de Vila Maria.

domingo, 1 de novembro de 2009

Todos e Todas à CONFECOM

A presença massiva e forte dos militantes do movimento social nas conferências estaduais de comunicação é fundamental.

Portanto já é hora de lutar por novas políticas públicas de comunicação que garantam o fim dos monopólios nas áreas de produção, distribuição e comercialização, que garantam de fato um novo tratamento as informações e notícias, em nosso País.

Sejam as Associações de Moradores, Sindicatos, Movimentos anti-raciais, de mulheres ou GLBT. Devemos exigir espaços e medidas públicas democráticas para expor nossas bandeiras, nossas lutas e propostas para a Sociedade Brasileira.

Hoje os movimentos Sociais recebem um tratamento que discrimina e pior marginaliza suas reivindicações e manifestações. E, no entanto, são homens e mulheres trabalhadores que organizados em seus bairros, locais de moradia ou em torno de suas especificidades humanas quem constroem a riqueza desse país e através do aparelho de estado, concedem aos veículos de comunicação a autorização para veicular as falas do cotidiano e os problemas nacionais e do mundo Entretanto todos e todas sabemos que só as rádios e jornais comunitários podem falar com precisão dos problemas sociais e fazer denuncias e reivindicações das melhorias devidas.

Portanto não é mais possível convivermos com essa perseguição aos canais comunitários e mais do isso queremos ver esses canais veiculados nos espectros abertos de comunicação e com freqüências de telecomunicações que realmente possam servir ao povo que solidariamente, se associam para montar esses instrumentos populares de comunicação.

Sonia latge

A Raddio Difusão Comunitária No Brasil


O projeto de lei 4573/2009 + radiodifusores que praticam a desobidiencia civil de transmitir por ondas eletromagneticas a informação, a cultura popular local e cultiva o direito a comunicação, ainda esta longe de ser o que a população quer, e o que ESTA GARANTIDA na nossa constituição. Estamos as vesperas Conferencia Nacional de Comunicação, mas ainda não preparados para assumir de fato que a comunicação é um direito e que os meios devem ser distribuidos democraticamente a todos.

A não criminilazação destes radiodifusores não irá só beneficiar as radios comunitarias, mais tambem todas radios comerciais que estão com suas ortogas vencidas. o fato de se tirar artigos de leis antigas e repressoras (embora já ser um avanço), não ira aliviar ou favorecer as radios comunitarias. As penas administrativas previstas e tão, o mais duras que a criminalização.

O PL ainda esta sem a sua redação final, e isto traz insegurança a todos.

Grupos avaliam que isto trará mais radios ilegais ao ar e que transmissões públicas e das aeronaves seráo “invadidas”.
que a segurança nacional estará correndo serios riscos.
Esta avaliação e um sinal visivel que ainda não se valoriza os direitos fudametais de nossa constituição.

radiofreguencia, espectro eletromagnetico e bem publico, é de todos nós, e se de fato queremos que o direito a comunicação seja realidade
em nosso pais , temos que dividr este espaço para todos. a questão é tecnica e não juridica. e ISTO já existe tecnologia suficiente.

Muitos dizem e pequeno não dá, outros falam e finito e não comporta tudo.
Varios municipios estão sem poder realizar a sua comunicação ate hoje, e se recebe alguma informação e vinda de fora.

A midia que tem maior poder financeiro acaba ditando normas, influenciando culturas, valorizando o consumo desarcebado e consequentemente a violencia.
porque não dividimos.

Sou a favor do resgate da autonomia e da auto governabilidade do municipio. estamos
em um pais cujo nome correto é Republica federativa do brasil.
O governo federal pode e deve INCREMENTAR apoiar e valorizar conselhos estaduais e municipais de comunicação para que o nosso “bem finito” possa dar espaço a democratização da comunicação.


Maria das Graças Rocha
Radialista Comunitária


Participação do Distrital Méier no 1º CONFECOM/RJ


A Conferêcia estadual de comunicação do Rio de Janeiro tem tido grande participação de nosso campo político. Apesar de algumas divergências pontuais, o saldo político total tem sido positivo e a participação do Distrital Méier, do PC do B tem sido expressiva . A bancado de comunistas, que representam as mais variadas entidades, tem sido em torno de 80 militantes de todo estado, demonstrando mais uma vez, a capacidade de aglutinação de nosso partido.

A Conferência se distribuiu em três eixos temáticos; Cidadania e Direitos, Produção de Conteúdo e Distribuição, sendo que nossa participação conseguiu apontar os principais pontos para uma política nacional de comunicação, vitais a criação de um canal de TV Pública, a separação entre produção e distribuição, fim dos oligopólios de mídia, que no Brasil consegue reunir em um único conglomerado empresarial Jornais Impressos, Rádios; emissoras de Televisão, aberta e fechada, e produção cinematográfica, além de haver nos estados representações de seu Baronato Tupiniquim midiático.

É preciso ter em conta que só iremos transformar as propostas apresentadas em programa nacional, de Comunicação após a realização da COMFECOM Nacional, que se realizará em ,Novembro, em Brasília, e que durante, esse primeiro momento, nós não concluiremos o projeto de democratização de mídia. Também não nos encontramos em meio a uma processo de vias de fato de condução a uma sociedade mais democrática, mas engatinhando diante de um imenso poder econômico que se utiliza da arma mais poderosa da humanidade: a comunicação de massa.

Precisamos mesmo romper com esses grilhões, mas essa é uma luta de longo curso e essa é a primeira das batalhas. Já somos vitoriosos, junto com o governo Lula que participa um feito histórico na realização dessa conferência.

Comissão Editorial