domingo, 30 de setembro de 2012

sábado, 29 de setembro de 2012

Capitalismo está implodindo, mas não pela mobilização popular

Other News Samir Amin é um dos pensadores marxistas mais importantes de sua geração. Nascido no Cairo, ele passou sua infância e juventude em Port Said. Foi ali onde frequentou a escola secundária. De 1947 a 1957 estudou em Paris, obtendo um diploma em Ciências Políticas antes de graduar-se em Estatística (1956) e Economia (1957). Em sua autobiografia “Itinéraire intellectuel” confessou que sua vida militante só lhe permitia dedicar um mínimo de tempo a sua preparação para as provas na universidade. De fato, logo na sua chegada a Paris, Amin se uniu ao Partido Comunista Francês. Entretanto, terminaria afastando-se desta organização para aproximar-se aos círculos de pensamento maoísta. Samir Amin é autor de uma volumosa obra de análise crítica do capitalismo e de suas crises. Durante uma recente visita ao Equador deste pensador marxista, Irene Leão, da organização FEDAEPS, realizou uma entrevista com ele. Dela tratamos de resumir as ideias que nos pareceram mais significativas. Segundo Samir Amin, entramos em uma nova fase do capitalismo. Ele acredita que se trata de uma etapa qualitativamente nova, caracterizada pela extraordinária centralização do capital, chegando a tal ponto que, hoje em dia, o capital monopólico controla absolutamente tudo. Trata-se de uma relevante mudança qualitativa que ele atribui a qualificação de “monopólio generalizado”, ou seja, que estende seus tentáculos a todas as esferas. Esta característica provoca consequências importantíssimas. “Em primeiro lugar – diz Samir Amin – se desvirtuou completamente a democracia burguesa, pois se antes se fundamentava em uma oposição esquerda/direita, que correspondia a alianças sociais, mais ou menos populares, mais ou menos burguesas, mas diferenciadas apenas por suas concepções da política econômica, na atualidade, nos Estados Unidos, por exemplo, republicanos e democratas, ou na França socialistas da corrente de Hollande e a direita de Sarkozy. Samin acha que o sistema capitalista não só está em crise, mas que o que está ocorrendo é uma autêntica implosão do próprio sistema… Ou seja, o sistema não está sendo capaz de reproduzir-se a partir de suas próprias bases. Ou, dito de outra forma, está sendo vítima de suas próprias contradições internas. Por outro lado, Samir Amin acredita que, diferente do que acontecia no passado, as forças reacionárias dominantes – o capital monopólico – estão concentradas em uma tríade imperialista constituída pelos Estados Unidos –Europa – Japão. A esta tríade se somam todas as forças reacionárias ao redor do mundo que se agrupam, de uma forma ou outra, em blocos hegemônicos locais. De acordo com a opinião de Samir Amin, estas forças reacionárias locais são extremamente numerosas e diferem enormemente de um país a outro. “A estratégia política das forças dominantes, – Estados Unidos – Europa –Japão – está definida por sua identificação do inimigo. Para eles, o inimigo são os países emergentes, ou seja, a China. O resto, como a Índia, o Brasil e outros, são para eles semiemergentes”. Um sistema que implode, mas com fraca resposta popular Para Samir Amin, o sistema capitalista não está implodindo como consequência do ataque organizado dos povos, mas que paradoxalmente sua destruição está sendo uma consequência de seu próprio êxito. “Desgraçadamente, – aponta Samir Amin – se examinamos os movimentos de nossos povos na atualidade, seu grau de consciência sobre a natureza do sistema e, particularmente, sobre a implosão é ainda muito débil e muito limitado. Se circunscreve à esquerda histórica de tradição marxista, enquanto a maioria, ao fim de reiteradas capitulações frente ao neoliberalismo, não se questiona, nem problematiza o assunto de fundo”. E Amin faz uma afirmação histórica: “Os momentos revolucionários são raros e curtos ao longo da história, e se nesses momentos existem iniciativas audazes, estas ganham terreno e avançam muito rapidamente. Não me incomoda escutar que na atualidade, os comunistas no Equador ou no Egito são uma pequena minoria e em certos casos não conseguem nada nas eleições gerais e outras. Se têm audácia, e não somente uma audácia retórica: se empreendem ações, isso se converte rapidamente em uma bola de neve”. Para constatá-lo, explica Samir Amin, basta examinar a história dos partidos comunistas que chegaram ao poder. Alcançaram o poder em um curto tempo. O Partido Bolchevique se constituiu formalmente em 1897. Em 1905, oito anos depois, houve uma primeira revolução e doze anos depois, veio a segunda. Tudo isso em apenas vinte anos. “Quando o Partido Comunista Chinês, se reunia em Xangai, com Mao e outros, eram apenas umas vinte pessoas, muito pouco para um país da dimensão da China. Seis meses depois, eram várias centenas e alguns anos depois, já encabeçavam um pequeno exército local de liberação. A Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, teve características semelhantes”. Samir Amin acredita que, historicamente, as vitórias revolucionárias foram ou rápidas ou inexistentes. “O fato é que os partidos de esquerda que se colocam no freezer durante cinquenta anos, esperando o “momento indicado”, simplesmente se congelam e aí termina sua história”. Tradução: Libório Junior (Carta Maior)

Carta dos moradoes do Morro do Jorge Turco

Recebido via Facebook: Moradores do Morro do Jorge turco estão passando por um momento super difícil nesse exato momento. Estamos assustados em nossas casas e em todo momento ouvimos barulho de tiro. Essa noticia não passa em nenhum tipo de noticiário da Burguesia. Desde as primeiras guerras entre C.V e T.C(na década de 90), o Jorge Turco virou uma das arenas dessa disputa por pontos de vendas de drogas. O Jorge Turco faz parte do que consideramos um grande complexo de favelas da zona norte, e as disputas são dentro desse complexo. Dentro desse complexo, dominam as três facções do tráfico, em cada exército há soldados nascidos e criados na mesma favela; é uma guerra de homens e meninos que foram amigos na infância, hoje atiram um contra o outro. Para agravar a situação, a presença da polícia é quase sempre desastrosa, por dispor de um efetivo de policiais mal pagos e mal preparados, marionetes do Estado. NÃO SUPORTAMOS MAIS VER POBRE ATIRANDO CONTRA POBRE, AMIGO MATANDO AMIGO, QUEREMOS PAZ! O Bonde da Cultura é um movimento cultural e de resistência da Favela Jorge Turco, entre Coelho Neto, Irajá e Colégio.

Hollande anuncia cortes e imposto de 75% para mais ricos

O chefe de Estado anunciou neste domingo uma "agenda para recuperação" cujo eixo central são gigantescos cortes orçamentários e o aumento dos impostos que, em sua maioria, recairá sobre as empresas e as economias dos mais ricos. O contrato proposto é ambicioso. Hollande fixou um plano de um ano para “dar a volta” na curva negativa do desemprego. Os socialistas enfrentam um tipo de histeria selvagem da mídia. E o homem mais rico da França, Bernard Arnault, pediu "exílio fiscal" na Bélgica. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris. Eduardo Febbro - Paris Paris - Chegou a hora de pagar a conta dolorosa, quando as ilusões suscitadas na eleição do socialista François Hollande para a presidência da República em maio passado começavam a fazer ondas sem volume. O chefede Estado anunciou neste domingo uma "agenda para recuperação" cujo eixo central é composto por gigantescos cortes orçamentários e o aumento dos impostos que, em sua maioria, recairá sobre as empresas e as economias dos mais ricos. Trata-se, segundo o próprio Hollande admitiu, do "maior esforço econômico dos últimos 30 anos". O dirigente socialista detalhou que o Estado precisava de 30 bilhões de euros a mais para fechar as contas do ano que vem. Desses 30 bilhões, 20 serão arrecadados via um aumento de impostos compartilhado entre os cidadãos e as empresas e outros 10 bilhões virão de cortes de gastos em quase todos os ministérios. A soma equivale a 1,5% da riqueza nacional. O presidente atravessa um momento delicado: as pesquisas de opinião lhe são adversas – tem a confiança de menos da metade dos cidadãos –, seu próprio campo político não esconde o desconforto perante a aparente imobilidade, a esquerda radical ameaça com o veto de passagens decisivas do texto do projeto e a mídia carrega a crítica contra Hollande, como se ele estivesse no poder há 3 anos. São apenas quatro meses, mas as manchetes dos grandes jornais e semanários refletem uma voracidade indecente : "E se Sarkozy tinha razão ?", pergunta-se a manchete principal do semanário conservador Le Point, enquanto o progressista Libération também se perguntava : "Sarkozy, estás aí ?". A França ficou tão intoxicada pelo sarkozysmo, por sua estratégia invasora, por sua bateria de anúncios e medidas poucas vezes levadas à prática que, na semana passada, o primeiro ministro francês, Jean Marc Ayrault, disse aos jornalistas que era preciso que eles se « desintoxicassem ». O Executivo está sob pressão da imprensa, da impaciência da sociedade, dos efeitos permanentes da crise, do desemprego e das ilusões derivadas de uma mudança que tarda e que a eleição de Hollande fez nascer no eleitorado. Mas o rigor das contas e o exercício do poder impõem limites aos sonhos. Rigoroso e muito sólido em seus argumentos, François Hollande esclareceu neste domingo que, em substância, não mudou sua posição: os ricos pagarão mais. O chefe de Estado interpelou os ricos para que "demonstrem patriotismo" e, na mesma linha, confirmou que o governo implementará uma das promessas da campanha eleitoral que foi decisiva para a sua eleição : o imposto de 75% aplicável a quem tem renda superior a um milhão de euros. « Os que têm mais terão de pagar mais », disse, quando deixou claro que os aumentos de impostos nao se aplicariam nem de forma "linear" nem "indiscriminada". O pacotaço apresentado pelo Chefe de Estado supõe o fim dos privilégios fiscais exorbitantes que o ex-presidente Nicolas Sarkozy tinha concedido aos mais abastados. Quando Hollande anunciou na campanha a taxação de 75% sobre a renda daqueles que ganham mais de um milhão de euros, os grandes atletas, os cantores e os atores botaram a boca no trombone. Foram os inimigos mais acirrados dessa tributação e, hoje, serão os primeiros a pagá-la. No total, com as duas taxações, de 75% e 45%, haverá algo como 3 mil pessoas que voltarão a contribuir com o Estado. Mesmo assim, o presidente deixou claro que os ganhos de capital serão taxados com o mesmo índice que o salário do trabalhador, ou seja, entre 19% e 24%. Hollande disse que, assim como se passa no resto da Europa, a França tem uma "batalha contra o desemprego e contra a dívida. E assim como na Europa, necesitamos de disciplina e crescimento". Na mesma linha dessadeclaração, Hollande anunciou que o Estado criará 100 mil novos postos de trabalho, num mercado golpeado como nunca pelo desemprego. As estatísticas publicadas há uma semana mostram um quadro de 3 milhões de desempregados. O presidente francês propôs à sociedade um contrato temporário para levar o país adiante: “Peço dois anos para solucionar os problemas da competitividade, do emprego e das contas públicas”. Do ponto de vista concreto, a mudança demorará a se formar. O presidente anunciou que as reformas iriam acelerar, mas assinalou: “não posso fazer em quatro meses o que o meu antecessor não fez em cinco anos”. O contrato proposto é ambicioso. Hollande fixou um plano de um ano para “dar a volta” na curva negativa do desemprego. É legítimo reconhecer que os socialistas enfrentam um tipo de histeria selvagem da mídia. Qualquer pessoa que chegasse a França hoje e lesse os jornais e revistas, de esquerda ou de direita, teria a impressão de que chega a um país em guerra e em plena débâcle. “Pedi uma presidência exemplar, simples, próxima do povo e, ao mesmo tempo, estou a favor de uma presidência de ação e de movimento”, disse na televisão, dirigindo-se aos que o acusavam de incompetência, ambivalência e imobilismo. Os anúncios deste domingo são fortes. A pancada fiscal sobre as caixas fortes dos ricos confortará uma sociedade abalada pela decisão de Bernard Arnault, o homem mais rico da França e presidente do grupo LVH, de pedir a nacionalidade belga. Seu gesto foi interpretado como um exílio fiscal – visando a pagar menos impostos – disfarçado. Bernard Arnault deixou claro que não era por isso, que seguiria pagando seus impostos na França. Mas ninguém acreditou nele. Arnault tinha sido um militante aguerrido contra a tributação de 75% sobre os rendimentos superiores a um milhão de euros. Nos últimos dias ele deu um presente de ouro a Hollande: preparou-lhe o terreno para que o aumento de impostos sobre grande parte dos milionários se tornasse inobjetável. Tradução: Katarina Peixoto Publicado Originalmente no Site Carta Maior

SIP é um antro da mídia golpista

Por Altamiro Borges O texto “Dilma irá ao antro midiático da SIP?”gerou certa polêmica. Alguns amigos argumentaram que, como presidenta da República, ela não teria como se ausentar de um fórum de empresários da mídia do continente. Uma atitude deste tipo seria encarada como um “desrespeito à liberdade de expressão”. Os mais otimistas chegaram a dizer que até seria positiva a sua participação na 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa, que ocorrerá em outubro na capital paulista, para “dizer umas verdades”. Respeito os argumentos, mas discordo. A SIP não é uma entidade empresarial, mas sim um antro golpista. Na semana retrasada, a própria presidenta Dilma arrumou uma desculpa para não participar de um evento do Grupo Abril, após saber de uma reportagem asquerosa da Veja contra o ex-presidente Lula [vale insistir: cadê a entrevista com o Marcos Valério?]. No caso da SIP, não há diferença nas ações asquerosas. Não precisa nem inventar desculpa. Exponho abaixo um pouco da sinistra história desta entidade “empresarial”. Jules Dubois, o homem da CIA A Sociedade Interamericana de Imprensa não tem nada a ver com liberdade de expressão e, muito menos, com democracia. Ela reúne os barões da mídia do continente que apoiaram golpes militares e sustentaram ditaduras sanguinárias – alguns destes grupos, como a Globo e o Clarín, inclusive construíram seus impérios neste período com as mãos sujas de sangue. Com a redemocratização na região, estes mesmos barões da mídia foram os difusores do receituário neoliberal de desmonte de estado, da nação e do trabalho. Sediada em Miami, a SIP defende os interesses das megacorporações capitalistas e as políticas imperiais dos EUA. Ela até tenta se travestir de “independente”, mas a sua direção sempre foi hegemonizada pelos empresários mais ricos e reacionários do continente. Num estudo intitulado “Os amos da SIP”, o jornalista Yaifred Ron ainda apresenta inúmeros documentos que comprovam os vínculos da entidade com a central de “inteligência” dos EUA, a famigerada CIA. A SIP foi fundada em 1943 numa conferência em Havana, durante a ditadura de Fulgencio Batista. Num primeiro momento, devido à aliança contra o nazi-fascimo, ela ainda reuniu alguns veículos progressistas. Mas isto durou pouco tempo. Com a onda macartista nos EUA, ela foi tomada de assalto pela CIA. Em 1950, na conferência de Quito, dois serviçais da agência, Joshua Powers e Jules Dubois, passam a dirigir a entidade. Dubois comandou a SIP por 15 anos e tem seu nome gravado no edifício da entidade em Miami. Desestabilizar governos progressistas Neste período, a SIP se tornou um instrumento da CIA para desestabilizar os governos progressistas da América Latina. Para isso, os estatutos foram adulterados, garantindo maioria às publicações empresariais dos EUA; a sede foi deslocada para os EUA; e as vozes críticas foram alijadas. “Em resumo, eles destruíram a SIP como entidade independente, transformado-a num aparato político a serviço dos objetivos internacionais dos EUA”, afirma Yaifred. Na década de 50, ela fez oposição ao governo nacionalista de Juan Perón e elegeu o ditador nicaragüense Anastácio Somoza como “anjo tutelar da liberdade de pensamento”. Nos anos 60, seu alvo foi a revolução cubana; nos anos 70, ela bombardeou o governo de Salvador Allende, preparando o clima para o golpe no Chile. “A ligação dos donos da grande imprensa com regimes ditatoriais latino-americanos tem sido suficientemente documentada e citada em várias ocasiões para demonstrar que as preocupações da SIP não se dirigem a defesa da liberdade, mas sim à preservação dos interesses empresariais e oligárquicos”. Contra a regulação da mídia Na fase mais recente, a SIP foi cúmplice do golpe midiático na Venezuela, em abril de 2002, difundido todas as mentiras contra o governo democrático de Hugo Chávez. Este não vacilou e considerou os seus representantes como personas non gratas no país. Ela também tem feito ataques sistemáticos aos governos de Evo Morales, Rafael Correa e Cristina Kirchner. Atualmente, o maior temor da SIP decorre das mudanças legislativas que objetivam democratizar os meios de comunicação na América Latina. Qualquer iniciativa que vise regulamentar o setor e diminuir o poder dos monopólios é taxada de “atentado à liberdade de expressão”. Como aponta Yaifred, o maior esforço da entidade na atualidade é “para frear as ações governamentais que favoreçam a democratização da mídia". A 68ª Assembleia Geral deverá, apenas, ratificar esta linha golpista. Ou seja: nada justifica a participação da presidenta Dilma Rousseff!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Distribuição de rosas na Comunidade do Jacarezinho

Neste dia 8 de março, 2ª feira a União Brasileira de Mulheres (UBM), através do núcleo do Jacarezinho, com apoio da Rádio Plenitude (rádio comunitária e evangélica) e da Mercearia Símbolo do Preço Baixo Ltda distribuiu rosas às mulheres moradoras da Comunidade. As mesmas foram entregues junto com o artigo da Abgail Pereira (Secretária da Mulher da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB). Esteve presente nesta atividade, a militante Angela Sá, do núcleo da UBM do Méier.
O pre-candidato a Deputado Estadual, Helcio Caceres (Mano), também participou desta homenagem.
As representantes da UBM na Comunidade, Márcia Regina e Carmen Camerino participaram do programa da Rádio Plenitude pela manhã falando da importância do Dia das Mulheres, que neste ano de 2010, completou 100 anos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Grupo de estudos na base do Jacaré

Na reunião da direção da base do Jacaré, no dia 19/02/2010, decidiu-se que se fizesse um grupo de estudos somente com os secretários da base, toda terça-feira, iniciando com o texto: “O Manifesto Comunista” de Karl Marx e Friedrich Engels. O início dos estudos do texto se deu no dia 26/01/2010, às 18h, na Travessa Leão XIII, 20, Jacaré – Rio de Janeiro, na residência da Secretária Política da base, Márcia Regina e do Sindicalista Rodoviário, Hélcio (Mano).

Este grupo está sendo um laboratório para uma série de cursos de formação da base, que serão ministrados a todos os outros militantes e filiados da base Jacaré. A metodologia usada está sendo a paulofreireana, que rompe com a educação bancária, em que o estudante somente recebe conceitos do docente sem poder questiona-los. Com isso, todos participam com o seu saber acumulado durante a sua trajetória de vida, "quem ensina aprende, e quem aprende ensina", segundo Paulo Freire em seu livro "A pedagogia da autonomia". Procura-se partir do cotidiano relacionando-o com as categorias de análise marxianos, fomentando, assim, a reflexão. Enfim, é o concreto (o cotidiano, a oralidade e a história de vida) mediando o conceito (teoria formulada pelos pensadores sociais).

"O Manifesto Comunista" foi dividido em quatro partes, para facilitar o estudo: Prefácio de 1872; Burgueses e Proletários; Proletários e comunistas; e Literatura socialista e comunista. Já foram abordados assuntos como: os estágios de desenvolvimento das sociedades, o desenvolvimento da sociedade capitalista e o conceito de mercado e mercadoria.

Carmen Camerino
Secretária de formação da base Jacaré

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Inauguraçao de Teatro de Fantoches No jardim do Meier


No dia de hoje reativou-se importante instrumento da cultura no Rio de Janeiro, o teatro de bonecos no Jardim do Méier que apesar de singela deve constar como de grande importância pela simbologia que congrega no âmbito cultural de nossa região.

Assim, começou a atividade,

1. Apresentação do quarteto de trombones, que apresentou musicas populares e eruditas. Aplausos calorosos. Momentos de grande emoção.

2. Representação de Teatro de Guinou, com informações educativas para todos sobretudo na prevenção da dengue.

3. Finalmente a cereja do bolo, apresentação vibrante da Folia de Reis “Sagrada Família” , da Mangueira.

Iniciativa importante da Secretaria Municipal de Cultura, dirigida pela camarada Jandira Feghali, mobilizando a população carioca, na busca da valorização de seus saberes

Reportagem de Heloisa Silva

Fotos Bruno Jose de Oliveira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Panfletagem no Metrô de Maria da Graça distribui 2000 Classes Operárias nesta quinta-feira 03 de dezembro











Mais Uma panfletagem vitoriosa No Metro de Maria da Graça onde se Reuniram a Base de Maria da Graça e Vila Maria na Panfletagem de 2000 classes Operárias pela Manhã no horário de 6:00 as 8:30 na Entrada dos trabalhadores que utilizam o metro como transporte para o trabalho.

Essa permanece sendo nossa prioridade, a divulgação massiva das posições políticas do partido através do jornal “ A Casse Operária” diferente da calçada da resistência nosso trabalho ainda se inicia mas teremos u longo trabalho pela frente para estabelecer aqui também a tradição de distribuição de nosso Glorioso Jornal

Radio Plenitude Jacarezinho Terça 1 de dezembro de 2009 das 10 horas ao meio-dia







Heloisa e Márcia da UBM do Jacarezinho e Raquel e Zulmara da pastoras da Igreja batista do jacarezinho.

Tema do programa: “ Papel da UBM” (União Brasileira de Mulheres)

Rico debate em torno da necessidade de organização das mulheres, como forma de luta por uma cidadania digna.

A História da UBM: Como nasceu, suas dificuldades através dos anos, enfrentando preconceitos contra o papel da mulher na sociedade.

Foi sublinhado o caráter amplo da UBM sem discriminação de qualquer espécie, exceto para os que desejam que a condição feminina seja de subalternidade, no mundo em que vivemos.

Ponto de contato fundamental entre nós e as pastoras: é preciso, é possível mudar este mundo em busca da solidariedade entre as mulheres do mundo inteiro.

Todos e todas, que querem um mundo de justiça, sem opressão, devem juntar-se na construção desse outro mundo possível.

Outros programa virão na rádio Plenitude e o Jacarezinho tornar-se-á o foco irradiador desse trabalho de suma importância nas rádios comunitárias.

Viva A UBM

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CONVERSA ENTRE BRUNO, FRAGUITO E HELOÍSA SOBRE A HISTÓRIA DA BANCA DO MÉIER



- história da Banquinha do Méier:

O shopping do Méier foi o primeiro da América Latina . E toda a população da Z.N. vinha para praça Agripino Frieco, fazendo passagem pela Dias da Cruz.

Logicamente a calçada passa a ser um ponto estratégico político para as campanhas eleitorais, onde se reunirão o PMDB, PT, PDT, PSB, PcdoB. Todas as correntes e partidos transformando-a num ponto de luta política.

Sendo que, naquela época, o funcionamento do shopping era de domingo a domingo.

A VITÓRIA DO BAIRRO DO MÉIER REPRESENTAVA A VITÓRIA NO MUNICÍPIO E NO ESTADO.

- Como começa a Caçada da Resistência?

O Partido resolve, em 1996, lançar a Jandira como prefeita. Nisso vem arrigementar quadros de outras forças políticas. Toma corpo, então, a organização do partido que chega a ter sede nesse momento. Há então, do conjunto do distrital, a decisão de colocar a banca no sábado de manhã. De lá pra cá há uma vazão de materiais e crescimento político na distrital.

A distribuição de materiais não se restringia à distribuição do jornal “A Classe Operária”, mas também de boletins de prestação de contas de nossos mandatos parlamentares.

- Por que Calçada da Resistência?

Por decisão dessa mesma gestão da direção distrital foi feito um convite a todas as forças políticas do campo de esquerda, mas que no seu conjunto só participaram efetivamente o PCdoB, o PT, o PHS e o PDT, que não chegaram a permanecer um ano. Então a Calçada da Resistência do PcdoB até os dias de hoje.

- O que foi feito para aglutinar essas forças mais a frente?

Foi tirado março, aniversário do Partido como mês de comemoração da Calçada, como forma de aglutinar as outras forças políticas após isso.

- Quais foram os personagens de destaque no campo político do município que chegaram a participar?

Jandira Feghali, Edmilson, Gusmão, Paulo Ramos (Paulo Ramos), Mario Del Rey (ainda militando neste período no PSB), Jorge Bittar (PT), Chico Alencar (na época ainda no PT), Ana Rocha (Presidenta do Partido).

- A Calçada teve também outras formas de comunicação?

Caixa de som, megafone, discursos políticos falando desde militantes como a atual presidente do distrital (Heloísa da Silva Vieira) que, no período falava como membro da categoria do magistério (na época diretora da Zonal do Sindicato dos Professores).

- Fraguito, João Carlos, eram nesse período, diretores da Associação de Moradores do Méier.

- Que frutos parecem, hoje, na distribuição da “Classe”?

Hoje temos nos moradores do bairro, e na região do Grande Méier, um interesse muito grande pelo jornal, que passou a ser um veículo de formação de opinião.

O uso do som foi abandonado por conta do incomodo que causava no comércio, mas na opinião do Fraguito, por exemplo, o uso do som, uma vez por mês, nos propiciaria novamente outro patamar na ação da Secretaria de Comunicação do Partido.

O Distrital Vila Isabel, a exemplo da banca do Méier também fez sua calçada da resistência que resultou numa das maiores votações no partido tanto para deputado estadual Edmilson Valentim, como para Jandira, que fez uma expressiva votação no Méier e em Vila Isabel.

- As lutas na Calçada

Os abaixo-assinados das campanhas contra a ALCA, pelo desarmamento, contra a Base de Alcântara, bem como contra as privatizações do FHC, marcaram nossas atividades na “Banquinha” como é carinhosamente chamada.

Comemoração de 21 Anos da União Brasileira de Mulheres e de 22 da Revista Presença da Mulher

Dia de sol dia de alegria, ato político com a presença de Jandira Feghali, Jô mores 1° presidente da UBM, Helena Piragibe presidente da UBM, secretária estadual de mulheres, Ana Rocha Presidente Estadual do PC do B do conselho editorial da Presença da Mulher, dentre outras figuras femininas de destaque...

Há na Festa um momento de grande emoção, a homenagem as mulheres que se destacaram nas lutas de suas comunidades.Esse momento é especial para o Distrital Méier foi a homenagem a Dona Maria, liderança da ocupação de Vila Maria em Higienópolis.

Lembranças saudosas de seu Manoel de Vila Maria que, junto com dona Maria, abriu espaço para construção de uma comunidade, com uma das melhores qualidade de vida do Bairro.

Outro momento gratificante para o distrital Méier, foi a apresentação da Escola de Samba da Infante da Lins Imperial, Sob a direção da Camarada Vitória membro do atual pleno da direção, MARAVILHOSA apresentação.

A capoeira, hoje em destaque com o poético filme "Besouro", apresentou-se de maneira impecável,sob direção do camarada Robertinho da Direção do Distrital.

O Brilhante encerramento com números musicais variados, mostrou a força da luta das mulheres no Rio de Janeiro e em todo Brasil

Parabéns UBM! Estamos orgulhosos de você!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Homenagem a Dona Maria de Vila Maria



D. Penha Maria dos Santos Braga, ou D. Maria, como é conhecida, nasceu em 1938, na cidade de Alegre, no Espírito Santo. Nunca freqüentou escola. Trabalhou como empregada doméstica em sua juventude, até casar-se. Em 1962, mudou-se para a favela do Jacarezinho, com a sua família. Um ano depois, foi morar em uma vila de barracos próxima, no bairro Higienópolis. Em 1975, a Secretaria Estadual de Segurança Pública, sob a alegação de que precisaria do terreno onde localizava-se a favelinha para construir um albergue para ex-presidiários, removeu as oito famílias que moravam naquele terreno para um conjunto habitacional em Senador Camará, bairro da Zona Oeste. D. Maria não foi com as outras. Alugou uma casa no bairro. Ela trabalhava como cozinheira em um bar perto do terreno onde tivera a sua casa. Freqüentemente, passava por lá. A Secretaria não fizera mais nada no local, a não ser um portão que, fechado a cadeado, impedia a entrada de pessoas naquela área. Lá dentro, o matagal tomara conta do terreno.

D. Maria não se conformava com a perda da sua casa. Em seu íntimo, martelava uma idéia que tornou-se quase uma obsessão para ela: tinha de voltar. Só que os tempos eram violentos e ela não atinava com o que fazer para recuperar o lugar onde morara. Em 1975, a ditadura atingira o seu ápice. Mas, três anos depois, começou a emitir sinais de enfraquecimento. Em 1979, Brizola decidiu-se a voltar para o Brasil. Os partidários daquele chefe político iniciaram os preparativos para o seu retorno. Levada pelo Sr. Manoel, um vizinho, D. Maria filiou-se ao partido em formação e ali conheceu vários políticos e intelectuais do campo da esquerda. Conversando com uns e outros sobre o seu desejo de retornar ao local de onde fora despejada pelo Governo, foi incentivada por eles a ir em frente. Entusiasmada, tratou de convencer o Sr. Manoel, que ainda estava receoso de entrar nesta empreitada, pois sofrera perseguição política em 1964. Passou-se mais dois anos. No início de 1981, os dois entraram em acordo e juntos, passaram a visitar os moradores que foram removidos em 1975, convidando-os a voltarem de novo a ocupar o terreno, que estava abandonado, cheio de mato. E já tinham um plano desenhado. Entrariam no dia 28 de fevereiro daquele ano, na madrugada de sábado de carnaval, aproveitando o feriado para construírem os barracos e caírem dentro deles com as crianças. Como reforço, contavam ainda, assim que a notícia corresse, com a afluência de centenas moradores das comunidades próximas. Assim, em vez de um terreno mal ocupado com oito famílias, haveria muitas dezenas de famílias ocupando cada palmo do terreno. Deste modo, seria mais difícil para o Estado empurra-los para fora. Foi assim.

Na madrugada do dia 28, às cinco horas da manhã, conforme o combinado, a ocupação foi iniciada. Os policiais chegaram logo, chamados pelos vizinhos do bairro, apavorados com aquele movimento de gente maltrapilha no terreno baldio, pressentindo já o surgimento de uma nova favela bem ao lado de suas casas, a desvalorizar-lhes os imóveis. D. Maria, coerente com a sua iniciativa, chamou para si a responsabilidade de representar os posseiros, tanto diante dos policiais irritados com aquela novidade maldita para eles a apurrinha-los no carnaval como diante daqueles que chegavam em busca de chão, às vezes reagindo agressivamente ao fato de não encontrarem mais lugar. Dá para imaginar a pressão a que se tinha de resistir para manter as ruas largas ao longo de todos os trajetos e praças amplas o suficiente para manobra de carros. A atuação de D. Maria foi fundamental para a consolidação desse traçado. Com a sua autoridade de senhora, emanada do seu pioneirismo, determinação e coragem, submetia à obediência os recalcitrantes mais teimosos. Naqueles dias iniciais, turbulentos, D. Maria cresceu, legendou-se e tornou-se um ícone, uma ferramenta para unificar os interesses diversos, particulares, quase sempre conflitantes, existentes na comunidade. E em homenagem a sua luta, os posseiros deram à ocupação o seu nome: Vila Maria.

A Vila Maria foi fundada em 28 de fevereiro de 1981. Em uma área de 13.000m² acomodam-se 280 casas, oito comércios e cerca de 900 moradores. A Vila Maria é plana e totalmente urbanizada. Situa-se no interior de um grande quarteirão, com entrada e saída por um só corredor, que desemboca na Av. D. Hélder Câmara, 2326, Higienópolis. Tem um feitio alongado, de vila. Dista cerca de quatrocentos metros da comunidade do Jacarezinho. Possui uma rede regular de água e esgoto construída por mutirão, em 1981. É eletrificada desde 1982 pela Light e a sua iluminação pública é feita pela Rio Luz. A coleta de lixo é feita pela COMLURB nos domicílios todos os dias, inclusive domingos e feriados. As cartas são entregadas pelos correios diretamente aos moradores. Em 1985, a Vila Maria foi contemplada pelo programa Cada Família Um Lote e todos os posseiros receberam títulos de posse. Em 1988, a Vila Maria foi totalmente asfaltada. Ela é representada politicamente pela Associação de Moradores, fundada no terceiro dia da ocupação. D. Maria participou dos três primeiros mandatos. De 1981 a 1986 foi vice-presidente da Associação. De 1987 a 1989, foi presidente da mesma. Em 1991, o IBGE classificou a Vila Maria entre as dez favelas com melhor qualidade de vida.

Dona Maria deu exemplo. Naquela época, havia uma grande fermentação da miséria nacional, agravada pela ditadura que já não conseguia manter o controle da situação. O seu mérito foi ter aproveitado o momento que já se mostrava propício quando ainda muitos não o enxergavam. Mostrou que a adversidade pode ser superada pela luta. Homenagear a D. Maria é reconhecer a boa cepa da mulher negra e favelada. É quebrar o discurso ideológico de que a mulher e o negro são indolentes e incapazes de cuidarem de si mesmos. Nos momentos mais difíceis, as mulheres e os negros sempre deram provas de força e capacidade. D. Maria ainda mora na comunidade que ajudou a fundar e construir. Ainda brinda a todos com a sua sabedoria adquirida na escola da vida. E ainda surpreende.

29.10.2009. Paulo. Assoc. de Moradores. da Comunidade de Vila Maria.

domingo, 1 de novembro de 2009

Todos e Todas à CONFECOM

A presença massiva e forte dos militantes do movimento social nas conferências estaduais de comunicação é fundamental.

Portanto já é hora de lutar por novas políticas públicas de comunicação que garantam o fim dos monopólios nas áreas de produção, distribuição e comercialização, que garantam de fato um novo tratamento as informações e notícias, em nosso País.

Sejam as Associações de Moradores, Sindicatos, Movimentos anti-raciais, de mulheres ou GLBT. Devemos exigir espaços e medidas públicas democráticas para expor nossas bandeiras, nossas lutas e propostas para a Sociedade Brasileira.

Hoje os movimentos Sociais recebem um tratamento que discrimina e pior marginaliza suas reivindicações e manifestações. E, no entanto, são homens e mulheres trabalhadores que organizados em seus bairros, locais de moradia ou em torno de suas especificidades humanas quem constroem a riqueza desse país e através do aparelho de estado, concedem aos veículos de comunicação a autorização para veicular as falas do cotidiano e os problemas nacionais e do mundo Entretanto todos e todas sabemos que só as rádios e jornais comunitários podem falar com precisão dos problemas sociais e fazer denuncias e reivindicações das melhorias devidas.

Portanto não é mais possível convivermos com essa perseguição aos canais comunitários e mais do isso queremos ver esses canais veiculados nos espectros abertos de comunicação e com freqüências de telecomunicações que realmente possam servir ao povo que solidariamente, se associam para montar esses instrumentos populares de comunicação.

Sonia latge

A Raddio Difusão Comunitária No Brasil


O projeto de lei 4573/2009 + radiodifusores que praticam a desobidiencia civil de transmitir por ondas eletromagneticas a informação, a cultura popular local e cultiva o direito a comunicação, ainda esta longe de ser o que a população quer, e o que ESTA GARANTIDA na nossa constituição. Estamos as vesperas Conferencia Nacional de Comunicação, mas ainda não preparados para assumir de fato que a comunicação é um direito e que os meios devem ser distribuidos democraticamente a todos.

A não criminilazação destes radiodifusores não irá só beneficiar as radios comunitarias, mais tambem todas radios comerciais que estão com suas ortogas vencidas. o fato de se tirar artigos de leis antigas e repressoras (embora já ser um avanço), não ira aliviar ou favorecer as radios comunitarias. As penas administrativas previstas e tão, o mais duras que a criminalização.

O PL ainda esta sem a sua redação final, e isto traz insegurança a todos.

Grupos avaliam que isto trará mais radios ilegais ao ar e que transmissões públicas e das aeronaves seráo “invadidas”.
que a segurança nacional estará correndo serios riscos.
Esta avaliação e um sinal visivel que ainda não se valoriza os direitos fudametais de nossa constituição.

radiofreguencia, espectro eletromagnetico e bem publico, é de todos nós, e se de fato queremos que o direito a comunicação seja realidade
em nosso pais , temos que dividr este espaço para todos. a questão é tecnica e não juridica. e ISTO já existe tecnologia suficiente.

Muitos dizem e pequeno não dá, outros falam e finito e não comporta tudo.
Varios municipios estão sem poder realizar a sua comunicação ate hoje, e se recebe alguma informação e vinda de fora.

A midia que tem maior poder financeiro acaba ditando normas, influenciando culturas, valorizando o consumo desarcebado e consequentemente a violencia.
porque não dividimos.

Sou a favor do resgate da autonomia e da auto governabilidade do municipio. estamos
em um pais cujo nome correto é Republica federativa do brasil.
O governo federal pode e deve INCREMENTAR apoiar e valorizar conselhos estaduais e municipais de comunicação para que o nosso “bem finito” possa dar espaço a democratização da comunicação.


Maria das Graças Rocha
Radialista Comunitária


Participação do Distrital Méier no 1º CONFECOM/RJ


A Conferêcia estadual de comunicação do Rio de Janeiro tem tido grande participação de nosso campo político. Apesar de algumas divergências pontuais, o saldo político total tem sido positivo e a participação do Distrital Méier, do PC do B tem sido expressiva . A bancado de comunistas, que representam as mais variadas entidades, tem sido em torno de 80 militantes de todo estado, demonstrando mais uma vez, a capacidade de aglutinação de nosso partido.

A Conferência se distribuiu em três eixos temáticos; Cidadania e Direitos, Produção de Conteúdo e Distribuição, sendo que nossa participação conseguiu apontar os principais pontos para uma política nacional de comunicação, vitais a criação de um canal de TV Pública, a separação entre produção e distribuição, fim dos oligopólios de mídia, que no Brasil consegue reunir em um único conglomerado empresarial Jornais Impressos, Rádios; emissoras de Televisão, aberta e fechada, e produção cinematográfica, além de haver nos estados representações de seu Baronato Tupiniquim midiático.

É preciso ter em conta que só iremos transformar as propostas apresentadas em programa nacional, de Comunicação após a realização da COMFECOM Nacional, que se realizará em ,Novembro, em Brasília, e que durante, esse primeiro momento, nós não concluiremos o projeto de democratização de mídia. Também não nos encontramos em meio a uma processo de vias de fato de condução a uma sociedade mais democrática, mas engatinhando diante de um imenso poder econômico que se utiliza da arma mais poderosa da humanidade: a comunicação de massa.

Precisamos mesmo romper com esses grilhões, mas essa é uma luta de longo curso e essa é a primeira das batalhas. Já somos vitoriosos, junto com o governo Lula que participa um feito histórico na realização dessa conferência.

Comissão Editorial

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Processo de Organização do Partido na Distrital Méier


A organização enquanto conceito de estrutura partidária vem da organização de filiados e articulados em movimentos sociais, portanto não bastam filiações de massa pura e simples, mas de um processo lógico de filiação e organização partidária de onde se trata de vários aspectos da filiação desde filiações de massa à filiações de caráter ideológico. Portanto desde algum tempo tratamos de filiar e filiar, mas para se ter um processo real nos próximos meses de organização é necessário trabalharmos na construção partidária que tem preceitos que vão além da mera filiação de massa. Esse aspecto remonta o 8° Congresso em certa medida.

No Plano de Estruturação Partidária se trata como elementos de organização: Formação, Organização em Bases e Militância em tais bases, portanto tomando como principio orgânico de nosso partido tratamos de organização em aspectos mais amplos que um mero projeto de crescimento quantitativo, mas pegando o elemento geográfico espelhado em nosso projeto, temos estes como fatores de construção partidária.

Se tratarmos a eleição em aspectos Leninistas iremos perder de vista a questão de conceitos como a hegemonia de Gramsci, que trata da exposição do PC no seio da sociedade em aspectos mais amplos que nos fazem perder de vista a necessidade de um crescimento maior do partido tomando como máxima a quantidade de onde extraímos a qualidade como também a própria estruturação Leninista fica relegada a segundo plano enquanto um partido de massa.

Para se construir um partido de massas e para a massa e necessário quadros em condições de dirigir a massa.

Da ultima eleição de onde tivemos nosso camarada Robertinho como candidato bem como Tia Bete, Dona Meire, De Luca dentre outros candidatos que disputaram votos em nossa região o processo de organização de partido foi ínfimo de acordo com as possibilidades. Temos que ter em vista que ao disputar uma eleição temos a proximidade de outra eleição em 2 anos e portanto a menos que tenhamos dinheiro o que não é o caso precisamos tratar de ganharmos ideologicamente os cidadãos envolvidos nos processos eleitorais. Esta não é nem pode ser vista como formula tipo panacéia mas sim como um processo dialético. Unidade de ação com disputa ideológica em dois campos o das idéias e daí a formação e o econômico que num embate ideológico precisa ser corroído por nossa capacidade de formação e organização.

Precisamos compreender que a sociedade se organiza desta forma e portanto se combatemos tal sociedade precisamos de instrumentos de combate condizentes com tal momento histórico onde permeia o individualismo e o espontâneo daí a maior eficácia de um processo coordenado de organização nestas pontas; Formação, militância e organização em bases tendo ainda como perspectiva que militância que vem a ser militar em organizações sociais que dêem visibilidade ao quadros partidários bem como a nossos candidatos.

Na distrital meier tivemos um decréscimo de votos ao que me parece fruto de relegarmos o trabalho organizativo em diversas nuances como aqui exposto e para que voltemos a ter um peso de maior representatividade; isso em relação a candidatura de Jandira nosso quadro de maior exposição pública. E inegável o papel de outros atores no processo; a mídia, a incompreensão dos comunistas num quadro de disputa pela hegemonia gerando inclusive disputas intestinas na esquerda com o PT e o PDT que não compreenderão que a disputa no município do RJ era uma disputa de projetos e não uma disputa entre forças políticas.

Para termos um maior alcance em nosso projeto se faz necessário ampliar nossa margem de votos tanto na disputa federal quanto estadual mesmo compreendendo como nossa prioridade o Congresso Nacional que nos últimos anos vem levantando a Clausula de Barreira de forma gradual ou pela ampliação de nosso peso político ainda tímido mesmo que com camaradas altamente capacitados que sempre tem aparecido dentre os destaques dos 100 parlamentares de maior influência no congresso.

Percebemos que no RJ um município que concentra 50 % dos votos do estado, um amplo campo de trabalho e o que precisamos encontrar é o que nos diferencie das demais forças da esquerda sem nos deslocarmos do centro do debate; diga-se aqui o nosso debate; a construção do PND concatenando com as nossas candidaturas, esse viés de unidade e luta dentre a esquerda. É ter claro quem são os aliados e onde temos contradições reais a explorar, tanto na esquerda inconseqüente como na direita que perdeu seu projeto. O Neoliberalismo ruiu enquanto projeto econômico, mas permanece ainda difuso no meio da sociedade amplamente apegada a valores individualistas.

Ainda no município se nota um claro recorte de classe enquanto ideal de uma parcela da população que se julga membro da Burguesia (A Pequena Burguesia) mais claramente localizada dentre moradores da Zona Sul e ainda alguns bairros da Zona Norte, daí vemos parte de nossa derrota na Distrital Méier, não só como mero erro tático, mas como resultado de um intenso processo que permeia a disputa ideológica no seio da sociedade carioca que mesmo definhando diante de algo próximo a uma babilônia ainda se coloca como o Rio de Janeiro dos Anos Dourados, a Capital Política, cultural e das belezas naturais brasileiras.

É preciso se dar conta que nosso discurso precisa dar conta dessa parcela social espremida entre o caos social e antiga sensação de centro produtor Brasileiro. A população não percebe que a desindustrialização da cidade do RJ é a maior geradora de criminalidade e nesse processo de embate e disputa ideologia se situa o PC do B, aqui então vislumbro em nossa distrital alguns elementos importantes; a favelização em torno de grandes indústrias, por exemplo, a GE no Jacarezinho e empresas de tecelagem, costura e demais produtores de insumos destas empresas; A favelização de Manguinhos área federal destinada a horto de experimentos da FIOCRUZ que vem basicamente na esteira da desindustrialização de Jacarezinho e Benfica. Bem aqui deixo lacunas em Favelas como as situadas na região mais próxima do bairro do Méier e imagino que a composição do Morro do Alemão se aproxime basicamente das já citadas Favelas de Jacarezinho e Manguinhos.

Nesta esteira vejo basicamente um dado de caráter nacional que coloco em relevo mais de forma tautológica que cientifica, mas que se faz verdade ao olharmos o grande numero de famílias onde as mulheres trabalham e são os chefes da família, diga-se aqui fundamentalmente mulheres negras. Dentro disto vejo a constituição do trabalho tanto do Robertinho com uma ênfase em capoeira mais inserida nesse contexto como o de Tia Bete que vem a ser o retrato mais fiel desta realidade.

O trabalho comunitário em nossa região não pode dispensar basicamente os bairros nem tornar exclusivo o trabalho em favelas mas é preciso a partir daqui ter em conta que nós os comunistas tecemos nosso trabalho embasados na ciência e para tanto não é possível relegarmos tais elementos.

Aqui não pretendo tecer nenhuma avaliação mais crua por não achar que uma percepção mais focal nos aproxime mais da realidade por isso teci esse documento com certo distanciamento visto que meu ainda parco conhecimento da região não permite maior detalhamento. Ainda não tenho este documento como fim e espero a contribuição coletiva nessa batalha. Desde já agradeço a meus camaradas desta direção que contribuíram no meu conhecimento e domínio da realidade desta região do Rio de Janeiro.

Bruno José de Oliveira.

Secretário de Organização do Distrital Méier do Rio de Janeiro

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ocupar o Parlamento



“Estava atoa na vida
O meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor ” ...
Chico Buarque de Holanda


Numa das falas de José Reinaldo, durante o II° Congresso do CEBRAPAZ no Rio de Janeiro, há um relato da experiência do Partido Comunista Chileno, que apesar de fazer 30% dos votos e conseguir incidir sobre a luta operária da população chilena, não atinge o coeficiente necessário à eleição de seus representantes no legislativo, devido a uma legislação bipartidária próxima do modelo americano.
Em outro momento, nos textos de preparação ao congresso, o camarada Walter Sorrentino traça uma radiografia do Partido com 200 mil filiados e cerca de 70 mil militantes, dentre os quais um número expressivo com mais de 20 anos de vida partidária.
A estratégia tomada pelo partido nos últimos anos, após a ditadura, nos revelou um desconcerto com a realidade diante da qual viramos as costas; a vida pública, que só nos servíamos de púlpito de denúncias e extensão da organização dos movimentos populares, dos quais os comunistas participavam. Estranhamente, nossos companheiros parlamentares, com seus defeitos e limitações, estão sempre dentre as 100 melhores cabeças do Congresso Nacional jogam sempre um papel fundamental na garantia de direitos dos trabalhadores e do país.
Aqui se apresentou um dilema que, ao que me parece, estamos próximos de superar, visto que nossa preocupação tem se demonstrado em fortalecer o partido nas urnas desde o 1° Gov. Lula, ainda que com um acerto maior em certos locais em detrimento de outros, às vezes, de forma surpreendente, como a vitoriosa ida de Flávio Dino ao 2° turno, em Natal.
O voto universal, como relata Buonicore em um de seus textos sobre a formação do Partido Comunista, é vista já por Engels como um passo atrás da burguesia aos trabalhadores, haja vista como estes caminhavam ao confronto direto em sua formação original, como partido revolucionário predisposto a formar a sua própria ditadura em face da ditadura do parlamento burguês do período. Há ainda que se dizer que, se há cerca de 40 anos atrás, alguns tombaram diante da guerrilha, nossa dívida para com eles é ocupar os espaços democráticos, conquistados com o suor e o sangue desses camaradas.
Portanto, o projeto de “mergulho nas massas”, termo usado por muitos de nossos camaradas, deveria ser adaptado para retirar do meio das massas, militantes invisíveis, para a vida pública mas que dentro do partido são os nossos ditos quadros de massa, quadros de partido, militantes que dedicaram a vida diuturnamente, e que ainda trazem consigo o ranço do sistema eleitoral vigente. É sempre bom lembrar a todos que estar comunista ou estar parlamentar ou mesmo estar dirigente deste, ou daquele órgão de determinada frente, seja ela sindical ou comunitária, são tarefas partidárias e o parlamento é uma tarefa de partido, não uma benesse da qual tenhamos que ter vergonha. Aliás, diga-se o contrário, somos educados, tanto dentro dos moldes burgueses, que espaços públicos, sejam eles postos de trabalho, cadeiras nas universidades federais, ou mesmos cadeiras parlamentares, são ornadas para aqueles que a sabem usar. E quem são esses? Os burgueses de fino trato, que fazem política para burgueses, que refinadamente, nos trazem observações do tipo “Sua riqueza é seu compromisso com a comunidade ‘Aqui leia-se comunidade”. Aquela onde os burgueses só entram ou de dois em dois anos, ou nos momentos dos mega projetos sociais, dos quais as “comunidades” entram e saem carentes.
Na nossa ingenuidade, nós os consideramos como donos de uma ciência sem dono, de uma ciência elaborada ao longo de séculos de vida da nação.
Portanto, a participação popular no parlamento, ao contrario do que se tentam inculcar em nossas cabeças, não é feita para iluminados e sim para aqueles que sentem na pele as necessidades cotidianas. E sim, muito teremos que estudar para fazermos parte desse pequeno e seleto clube de selvagens. Quem criou a selva de pedra e a muralha segregaria entre brancos e negros ou entre ricos e pobres, renegando a existência até de classes antagônicas, espera que a morte nos salve, eles não vão deixar barato, para entrarmos de penetra em seu clube de luxo, com regras do jogo preestabelecidas que só se mudam na marra e na luta.
A luta, camaradas, nesse momento de construção de um PND, não é um mero esboço teórico nem retórico, em um livro que o tempo vai curtir a poeira. Essa luta começa na elaboração coletiva do projeto. Não são essas as regas do jogo? Já sabemos que a arbitragem é deles e só nos restas alterar as regras, com um Partido herdeiro de uma câmara de vereadores com bancada de 70%, como tivemos na década de 40 no Rio de Janeiro, na época, capital brasileira.
Só quem tem propriedade pra dizer onde seu calo aperta é o dono do calo, não espere sentado que este modelo não veio pra ficar, mas não vai cair de maduro, nós temos de derrubá-lo e nosso passo fundamental e inverter a lógica das regras do jogo, pois estas já caducaram. É hora de Impormos a nossa agenda. Já bateram os sinos e parecemos surdos ao povo que esta disposto a ocupar tais cargos. Se não estivermos à altura da nossa realidade, o bonde da história vai passar.

Bruno José de Oliveira
Secretário de Organização do Distrital Méier Rio de Janeiro
Texto enviado a tribuna de debates do 12° Congresso do PC do B

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Assim Começa a Fala de Meszáros em um misto de Italiano, Português e alguns termos Ingleses que ele tenta rapidamente explicar em português.



Marx fala sobre a ascendente e decrescente do sem precisar datas ou tempos históricos como uma característica política de qualquer tempo. Portanto a queda do leste Europeu se coloca na fase decrescente desse movimento histórico.

A tese construída por Hayek que após sua criação e o Nobel em economia e Adotada pelos Trabalhistas Ingleses e colocada em prática por Thatcher relançando a tese de Fim da História “faz com que a múmia Haiék já naquela época se levantasse de seu túmulo” sendo que ela já havia morrido há 50a no estado de bem estar social pós-guerra.

É fato que o sistema capitalista tem em si coerências históricas dadas a um certo tempo da história expor muitos séculos isso assegurou o modelo capitalista como coerente indutor de desenvolvimento. Tendo a fase expansionista do capital se exaurido já não há mais espaço para tal sistema produtivo e o que resta é um processo de superprodução que rompe com a cadeia distributiva do capital trazendo aí contradições.

Thomas More já em Utopia Falava que o homem era a arte supérflua nesse modelo produtivo e aquele ainda era o início de uma brutal e continuada exploração. Mesmo Locke como liberal que era falava dos ladrões como aqueles que tomavam o necessário a sua existência.

Quando se começou a falar na não influência do estado na economia, e se reproduziu no estado uma imensa hibridização do estado com a economia a crise que acaba de irromper só trás essas demonstrações à tona, deixando claro a quem serve esse estado sendo que o que houve não foi uma socialização pelo alto e sim uma estatização que visa a salvaguardar a sobrevida do estado capitalista.

Historicamente traz sim a limitação final do estado capitalista e nos coloca como esquerda nas palavras de Meszáros “Há uma imagem de um trem que vem chegando com a nova era mas estamos presos no túnel.

Outro aspecto Subvertido de significado no capitalismo são as alianças políticas que servem hoje não mais à diferenciação, entre os campos políticos e sim a governabilidades que se formalizaram e são toleráveis neste momento histórico.

É preciso salientar, diz ele, que há limites fundamentais nestas alianças, visto que as guerras no momento atual são guerras localizadas sem possibilidade real de expansão a um conflito de proporções internacionais. Tendo visto a atuação dos EUA no Iraque e Afeganistão, que ao invés de como nas guerras clássicas ajudarem a recompor o sistema do capital, estão corroendo-o por dentro.

A atual disputa com a China no campo econômico poderia, era sim, gerar um palco para revoluções visto que colocaria os dois modelos em Planos opostos e a social democracia ou o reformismo já não correspondem mais ao papel jogado no pós-guerra mundial. Tendo havido grandes avanços sociais e políticos no campo dos trabalhadores e na democracia da financeirização esta se coloca como um contrapeso ao trabalho.

Berlusconi é o fruto do Euro-comunismo e há um acomodamento da classe operária na Europa hoje.

O Socialismo no eixo como nós conhecemos nós entendemos não faliu, mas não está inscrito no futuro e, quando se der, será como um amplo movimento de massas.

Fala de István Meszáros no Lançamento do Livro Estrutura Social e Formas de Consciência

Bruno José de Oliveira

Secretário de Organização da Distrital Méier